Suplementação a pasto ou semi confinamento! Aumente a produção de carne na entressafra!

Suplementação a pasto ou semi confinamento! Aumente a produção de carne na entressafra! Nossa indicação neste caso é o Vagão Misturador Nogueira Cisne PA

Suplementação ou semi confinamento! Ferramentas para aumentar a eficiência na pecuária de corte.

Na suplementação e mesmo no semi-confinamento, o pasto faz o papel do volumoso do confinamento e, por isso, deve estar disponível com abundância para o animal. Porém, por ser realizado na época seca, quando há pouco crescimento forrageiro, é necessário que seja feito o acúmulo prévio de forragem, por meio do diferimento da pastagem. No semi-confinamento tradicional o diferimento deve permitir o acúmulo de uma massa de 4 a 6 toneladas de matéria seca/ha. Com esta massa, o período de semi-confinamento deve ser de aproximadamente 60 dias, já que o consumo pelos animais e o fraco crescimento forrageiro faz com que a pastagem perca boa parte de suas folhas e de seu valor nutritivo ao longo do tempo (Embrapa).

Formas de suplementos

Mineral protéico: São Misturas múltiplas produzidas a partir da adição de fontes nitrogênio não protéico (uréia e sulfato de amônio) à mistura mineral. Recomendações da Embrapa Gado de Corte sugerem que o consumo de uma mistura de sal mineral + uréia seja de aproximadamente 100 g/UA (450 kg de pesco vivo), sendo cerca de 30% dessa quantidade de ureia. O espaço linear de cocho recomendado é de, no mínimo, seis centímetros por animal. A utilização inadequada de ureia causa intoxicação, podendo levar o animal à morte. Portanto, não se deve fornecer ureia para animais em jejum e/ou muito magros. É imprescindível a realização de adaptação dos bovinos ao consumo de ureia.

Suplementos protéicos: Produtos que tem como base uma mistura mineral-uréia, acrescido de uma fonte proteína verdadeira (farelos). O consumo é maior, assim como o desempenho animal, em relação ao sal com uréia. A proteína verdadeira (farelo protéico) supre a deficiência de nitrogênio das bactérias ruminais, estimulando o consumo da forragem de baixa qualidade e, consequentemente, maior ingestão de energia proveniente da pastagem.

A suplementação protéica no período das águas, quando se tem pastagem em maior quantidade e de melhor qualidade, permite ganhos superiores em relação a suplementação convencional, realizada somente no período das secas. O espaço linear de cocho recomendado é de 12 a 15 centímetros por animal.

Suplementos energéticos: Constitui-se de alimentos concentrados energéticos a base de milho e/ou sorgo, que tem o amido como principal fonte de energia, ou concentrados as base de fibra de alta digestibilidade, como a polpa cítrica ou casca de soja. A suplementação energética pode ser uma boa opção, principalmente na região sul, para se maximizar o ganho de peso dos animais mantidos em pastagens de inverno, como aveia e azevém, que muitas vezes apresentam teores mais elevados de proteína. A associação com um suplemento energético maximiza a utilização dessa proteína pelos animais.

A suplementação energética em pastagens de baixa qualidade ou quando a disponibilidade de forragem é limitada aumenta o ganho de peso, obviamente, mas é preciso avaliar atentamente os resultados econômicos.

Semi-confinamento

O semi-confinamento é uma alternativa para intensificar a terminação de bovinos de corte a pasto. Considerado um meio termo entre o confinamento e a suplementação estratégica, esta prática tem se tornado cada vez mais comum pela menor necessidade de infraestrutura, quando comparada ao primeiro e por melhores desempenhos zootécnicos, quando comparada ao último. Dá flexibilidade ao produtor na tomada de decisão em realizá-lo ou não, já que a maioria dos custos é relativa à aquisição de concentrados e não demanda ações para a produção de alimento volumoso com exceção do pasto (Embrapa).

Para o semi-confinamento é comum níveis de fornecimento de concentrados entre 0,7% e 2% do PV. O desempenho animal, a capacidade de acabamento de carcaça e os custos de produção são geralmente diretamente proporcionais aos níveis de fornecimento de ração, o que exige cálculos por parte do produtor e do técnico para tomarem a decisão de qual nível utilizar. Assim como no confinamento, situações de preços baixos de concentrados favorecem o uso de níveis maiores (Embrapa).

Ainda segundo a Embrapa Gado de Corte, a estrutura necessária para o semi-confinamento baseia-se na disponibilização adequada de cocho, com cerca de 60 cm lineares por animal; acesso por todos os lados e, se possível, elevados (70 cm do chão).

Quanto a elaboração dos suplementos e concentrados, e maior eficiência na alimentação recomenda-se:

  • Utilização de balanças precisas e misturadores adequados para a mistura;.
  • Uma pré-mistura deve ser realizada para ingredientes com inclusão menor que 1% na dieta, tais como aditivos alimentares;
  • Para o caroço de algodão são necessários misturadores com sistemas adequados de mistura e descarga;
  • O sorgo deve ser moído para melhorar seu aproveitamento pelo animal;
  • Evitar a mistura de soja crua e ureia devido à formação da amônia e diminuição no tempo de validade do concentrado;
  • Manutenção dos horários de fornecimento de ração;
  • Ajuste adequado do fornecimento de ração;
  • formação de lotes homogêneos;
  • Disponibilização de espaço de cocho adequado;
  • Adaptação prévia à dieta;

Saiba mais: https://www.embrapa.br/gado-de-corte